Se você gosta da filosofia espírita, está no lugar certo.
"Entre o bem e o mal não existe neutralidade.
De igual modo, não há miscibilidade ou transição entre a verdade e a mentira.
Escondemo-nos na sombra ou revelamo-nos na luz.
Quem não edifica o bem, só por essa omissão já está
forjando o mal, em forma de negligência."

Emmanuel - do livro O Espírito da Verdade

QUERIDO (A) VISITANTE, FIQUE A VONTADE PARA FAZER QUALQUER COMENTÁRIO.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MENSAGEM PSICOGRAFADA NO C.E.JOÃO BATISTA em 20/12/12

Quem não conhece aquela canção que fala que além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz ...?
Agora já podemos dizer que esse além do horizonte pode ser aqui . A Terra começa a se vestir com novas energias e, pouco a pouco , poderemos sentir que o ar vai ficar mais leve , que a vida vai correr com mais facilidade , não porque aqui se tornará um paraíso , mas porque o homem já começa a enxergar seu caminho com outros olhos; olhos de espíritos que já sabem o caminho certo a seguir , olhos de espíritos que ainda erram , mas que tem a humildade de pedir perdão , olhos daqueles que sabem que o que plantam hoje colherão amanhã !
E , no mundo espiritual , um cinturão de mentes a pedir ao pai maior , se une na energia do amor mais puro , a energia daqueles que amam o planeta e que vão ajuda – lo a mudar de ritmo!
E tudo para , numa oração intergaláctica capaz de , no mais absoluto silêncio , provocar uma explosão de luzes benditas que caem como chuva no solo dessa terra querida a fecundar o solo de amor , a penetrar em todos os seres vivos daqui e propagar momentos de paz ...e alimentar a força da mudança .
E é nesse clima quase mágico de transformação divina que o ano vai mudar e muitos anos virão !
Nesses anos , muito trabalho essa casa vai fazer e está preparada para isso . Em cada coração que adentra esse espaço em busca de ajuda , está a semente da esperança , a semente daqueles que já perceberam o quão importante é a caridade para com qualquer um que esteja ao lado !
Vamos amigos a cada minuto de elevação em prece , perceber a importância do que fazemos aqui. Não só orar , mas perceber que algo sai de nós no momento da prece e vai , como num ato de transfusão , diretamente àquele que necessita do conteúdo energético que foi doado .
Por isso é importante pensarmos em tudo o que acontece nessa reunião ; amarmos , mesmo sem ver com a visão terrena , os irmãozinhos carentes que se encontram aqui e muito precisam de nós !Necessitam de que casa passo do nosso trabalho se torne consciente a fim de que mais energia possamos doar .
Amigos queridos , vamos coroar esse fim de ano com as bênçãos da fraternidade do abraço sincero e de palavras simples como “ Eu me importo com você “ – simples mas com um poder enorme de curar feridas !
Nós daqui estamos em festa , pois temos muitos motivos para estarmos felizes; pois pontinhos de energia que eram pequenos , sutis começam a realçar , começam a iluminar cada vez mais , fruto da chama da União que já faz parte dessa casa.
Do Amigo Eleutério 
Mensagem psicografada pela médium Roberta Nirschl no CEJB em 20/12/12

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

NAS ORAÇÕES DE NATAL


Rememorando o Natal, lembramo-nos de que Jesus é o Suprimento Divino à Necessidade Humana.
Para o Sofrimento, é o Consolo;
Para a Aflição, é a Esperança;
Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;
Para o Desespero, é a Fé Viva;
Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;
Para o Orgulho, é a Humildade;
Para a Violência, é a Tolerância;
Para a Vaidade, é a Singeleza;
Para a Ofensa, é a Compreensão;
Para a discórdia, é a Paz;
Para o egoísmo, é a Renúncia;
Para a ambição, é o Sacrifício;
Para a Ignorância, é o Esclarecimento;
Para a Inconformação, é a Serenidade;
Para a Dor, é a Paciência;
Para a Angústia, é o Bálsamo;
Para a Ilusão, é a Verdade;
Para a Morte, é a Ressurreição.
Se nos propomos, assim, aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos caminhos, é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para os sãos e, sim, para os antigos doentes da Terra, entre os quais nos alistamos...
Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo, façamos de nosso coração uma luz que possa inflamar-se ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória
imperecível da Vida Eterna.

(Do livro "Os Dois Maiores Amores" - Francisco C. Xavier - Autores Diversos)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTOJUVENIL NA VISÃO DE DIVALDO FRANCO

“Temos ouvido alguns confrades afirmarem: Eu não forço os meus filhos para a evangelização espírita porque sou muito liberal. Ao que poderia acrescentar: “ Porque não tenho força moral”. Se o filho está doente, ele o força a tomar remédios, se o filho não quer ir à escola, ele o força. Isto porque acredita no remédio e na educação. Mas não crê na religião que abraçou, quando afirma: “Vou deixa-lo crescer e depois ele escolherá”. 

“Para mim” – acrescentou Divaldo – “ representa o mesmo que o deixar contaminar-se pelo tétano ou outra enfermidade, para depois aplicar o remédio”, e elucidou: “Você viu que não deve pisar em prego enferrujado. Agora irei medicá-lo”. E, também, deu outro exemplo, isto é, quando frente a um tuberculoso, falar-lhe:” você deve cuidar da higiene, de sua alimentação e de sua saúde. Isto é, no nosso entender, quis Divaldo mostrar: Fechar a porta depois dela ser arrombada. 

Prosseguindo, o grande tribuno espírita quis mostrar, resumindo, que os pais dão a melhor alimentação, o melhor vestuário, o melhor colégio dentro de suas possibilidades, mas na hora de dar a melhor religião, eles se acomodam, amedrontam-se. Aos pais é incumbido o dever de oferecer aos filhos o que há de melhor, cabendo aos filhos, ao se tornarem adultos, fazerem, aí sim, as suas opções de ordem religiosa. Necessário é motivar os filhos, enquanto crianças, através dos exemplos em casa, que o Espiritismo é, sem dúvida, a melhor de todas as religiões, imprimindo em si mesmos todo o comportamento espírita. 

Uns obrigam os filhos a irem à evangelização; todavia, em casa, não mantêm uma atitude espírita. O exemplo dos pais espíritas em casa tem efeito altamente convincente. 

Há pais que reclamam do horário, muito embora Divaldo tenha perguntado qual a melhor hora para a evangelização sem ser domingo de manhã. Divaldo interroga um desses pais que não tem hora para levar os filhos à evangelização: “Que hora é melhor?” Outra hora – respondeu. Divaldo insiste: “Mas qual?” Volveram a perguntar: O que é que você acha? Divaldo retrucou: “ Eu não acho nada, porque não tenho filho, você é que o tem”. Mas não poderia ser em outra hora – voltou o pai à carga: Contesta Divaldo: “Depende de você achar a hora, porque durante os dias da semana as crianças não podem porque estão estudando; no sábado, à tarde, o evangelizador tem que arrumar a casa, cuidar das compras, etc. Domingo a tarde, os pais não podem porque as crianças têm as festinhas de aniversário, as matinezinhas, isso e aquilo; de noite não convém, porque criança não pode dormir tarde. Domingo de manhã – continua o pai desavisado - , nem sonhar, porque a Bahia foi feita por Deus com tantas praias e mulheres bonitas para serem desfrutadas. Para que praia e mulheres bonitas para serem desfrutadas? Para que praia, então, se o baiano não pode ir? Domingo queremos ir à praia, Sr. Divaldo!  Em vista desses argumentos, Divaldo responde que a evangelização não era, absolutamente, o problema, muito pelo contrário, era a solução para todos os problemas do ser humano. E aditou que as pessoas que pensavam assim não eram espíritas, que elas não querem é perder a praia, alegando que os filhos precisam tomar sol e banho de mar. Por fim, Divaldo acrescentou: “Percam umas praiazinhas mas salvem os seus filhos. Hoje vocês levam eles à praia, mas depois, invariavelmente, ficarão chorando e perguntando a Deus por que o filho cometeu tamanho deslize? 

O remorso pode bater no interior desses pais e naturalmente, frente às suas próprias negligências, haverão de perguntar sem obter resposta como gostariam. “Por que Senhor, o meu filho cometeu tal delito? Eu o fiz nascer com as feições do menino Jesus e agora o vejo com o rosto de Judas de Kerioth”. 

Que seja, pois uma preocupação permanente nas mentes paternais e maternais espíritas, principalmente a evangelização de seus filhos, evitando mais tarde que eles descabem para toda sorte de vícios e paixões próprias do momento que nossas crianças atravessam e cujas conseqüências são terrivelmente dolorosas.

Trecho do artigo da RIE (Revista Internacional de Espiritismo - Out/01, que comenta trecho do Livro Diálogo, pág. 68 - Divaldo Pereira Franco (Divaldo, dentre outras atividades é médium e conferencista)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DIA DOS MORTOS (Finados) - Parte II

Ao pensar nos nossos mortos, cabe ter essa certeza de que os nossos mortos vivem, eles não estão jazendo nos sepulcros. 

Que coisa grotesca será imaginar nossos seres amados enterrados na sepultura com os seus despojos! Vale a pena pensar numa gaiola vazia, donde o pássaro já se foi. Vale a pena pensar nisso.
O nosso corpo físico, durante um tempo mais ou menos largo, serve-nos de morada, serve-nos como uma gaiola que, ao mesmo tempo que nos ajuda a aprender, a crescer, também é um instrumento através do qual resgatamos aquilo que devemos em face da vida, coloquemos em ordem a nossa consciência com as Leis Divinas. 

Logo, o Dia de Finados, o Dia dos Mortos deveria ser um dia sim, de homenagem aos nossos seres queridos, mas de outra maneira. Aprendermos a fazer um levantamento de como se acham nossas disposições na vida, se estamos vivendo de acordo com os ensinamentos de nossa mãe, de nosso pai, se os estamos homenageando, glorificando seus nomes, pelo tipo de criatura que sejamos: dignas, nobres, amigas, fraternas, cooperosas, dedicadas ao bem. 

Afinal de contas, de que outra maneira melhor nós poderíamos homenagear os nossos mortos? Nem sempre levando flores para enfeitar os sepulcros onde se acham seus despojos. Aqueles recursos das flores, quantas vezes poderiam ser transformados, em nome dos nossos mortos, em leite para uma criança pobre, em pães para o necessitado, em remédios para um doente que não os pode comprar, em cadernos para que alguma criança aprenda. 

Nós podemos converter aquela quantidade enorme de cera que compramos para queimar nos cemitérios, que não vai levar a lugar algum os nossos mortos, que não precisam de cera queimada, converter isso em roupa, em alimentos, em agasalho, em material escolar, em medicação, em acompanhamento, em homenagem aos nossos mortos. 

Quando presenteássemos uma criança com o kit de material escolar, nós poderíamos dizer a ela, caso ela entendesse, ou aos seus pais: Faça uma prece por Fulano de Tal, que é meu filho, que é meu pai, que é minha mãe, que é meu irmão, ou meu amigo. 

Nós teríamos formas tão mais agradáveis, tão mais felizes, de homenagear os nossos mortos. E cantar, brincar, e nos alegrar, como eles gostavam que nós fizéssemos. 

No Além, eles continuam gostando. Quantos filhos que se foram para o Mais Além e suas mães começam a morrer aqui na Terra. Não se tratam mais, não se cuidam mais, não os respeitam mais. 

Se seus filhos gostavam de vê-las bem vestidas, bem cuidadas, alegres, joviais, em homenagem a eles, no Dia dos Mortos e em todos os dias da vida, continuem assim, bem cuidadas, dispostas, alegres. O que não nos impede a lágrima de saudade e nunca a lágrima de revolta. 

Se os nossos filhos gostavam de saber que nós estamos envolvidos em atividade social, em alguma atividade do bem como voluntários, servindo numa escola, servindo num velhanato, num hospital, vamos continuar a fazer isso em homenagem a eles, em nome deles que de onde estiverem, nos aplaudirão, nos incentivarão.
Se tivemos nossos entes queridos desencarnados em situações drásticas, pela drogadição, pelo vírus do HIV ou pelo suicídio, mais motivos temos de rogar a Deus por eles, de homenageá-los, fazendo toda a cota de bem que nos for possível. Em honra deles. 

Não tenhamos qualquer mágoa deles. Não imaginemos que eles estejam perdidos para sempre. Nunca suponhamos que Deus os vá castigar por sua fragilidade, porque Deus não é um juiz que sentencia. Deus é um Pai que ama, e certamente, se nós estamos fazendo as coisas boas para homenagear no Dia de Finados, ou ao longo dos dias do ano, os nossos amores que foram para o Além, por vias naturais ou por alguma enfermidade, o que é que não faremos para homenagear àqueles que saíram de maneira tão triste, tão lastimável da convivência com o corpo físico. 

Por isso é que a nossa oração por eles deverá partir do nosso coração, do mais íntimo do nosso ser, pensando em Deus como o Pai comum de todos nós, mas nos colocando diante da vida de maneira muito operosa, nos tornando pessoas úteis, a fim de que o Dia de Finados transcorra para nós como mais um dia em que homenageamos os nossos seres queridos que demandaram o Mais Além, na vibração, na torcida, fazendo os votos para que os nossos amores, que já se transformaram em estrelas, sejam felizes nessas dimensões do Invisível, junto a Esse amor incomensurável de nosso Pai Celeste.

Raul Teixeira 

Texto transcrito do Programa Vida e Valores, de número 98, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em agosto de 2007. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 18 de maio de 2008.

DIA DOS MORTOS (Finados) - PARTE I


Você já parou para pensar no sentimento que move as criaturas diante da morte de um ser querido? Se você nunca teve essa experiência, dificilmente conseguirá pensar devidamente.

É que a morte ainda no Ocidente é uma grande hidra. As criaturas têm um medo terrível da morte e do morrer. Muito pouca gente se dá conta de que a morte é o reverso da medalha da vida. Para que nós tenhamos vida, há necessidade deque haja morte.

No planeta material em que nos encontramos, todas às vezes em que nós falamos do fenômeno da vida, só o falamos porque esse fenômeno está atrelado ao da morte. Para que uma coisa viva, outra coisa terá que morrer. Para que a planta viva, a semente morre. Para que o pão apareça, temos que triturar o grão. Dessa maneira, para que nós, seres humanos, vivamos temos que matar tantas plantas para nos alimentar, alguns animais que alimentam a nossa mesa.

Temos que digerir, que deglutir uma quantidade enorme de partículas de vida que estão pelo espaço, pelo ar que respiramos. Temos que gastar uma quantidade muito grande de oxigênio para podermos sobreviver.

A morte significa muito pouco no conjunto da vida. Afinal de contas, quando pensamos nesse fenômeno do morrer e aprendemos que a morte é consequência do desgaste dos órgãos, nos apercebemos que começamos a morrer quando nascemos, quando somos dados à luz e temos que respirar com os nossos próprios pulmões. Aí começa o fenômeno da queima, do desgaste do órgão, da morte.

Quando nós pensamos nisso, temos que ver que a morte é um fenômeno hipernatural. Tudo que nasce morre, tudo que é matéria no mundo se transforma, e uma das formas de transformação nós chamamos de morte. Um dos modos pelos quais as coisas se transformam é a morte.

Morre a montanha de minério, para que surja a montanha de barro por exemplo. Morre a ostra para que nasça a pérola. E dessa forma, nós verificamos sempre essa dualidade, vida e morte, esse claro-escuro da vida e da morte que nos acompanha.

Valeria a pena pensarmos, nesse dia em que as nossas sociedades ocidentais homenageiam os seus mortos. Chamamos Dia dos Mortos, Dia de Finados, não importa, o que importa é que dedicamos um dia para prestar homenagem aos nossos antepassados, aos nossos amigos, aos nossos afetos, aos amores nossos que já demandaram o Mais Além, que já cruzaram essa aduana de cinzas da imortalidade.

No Dia de Finados encontramos tanta gente verdadeiramente mobilizada por sentimentos de fraternidade, de ternura, de amor, que vão aos cemitérios, aos Campos Santos, na busca de homenagear os seus entes queridos. Merece todo respeito essa iniciativa.

Nada obstante percebemos quanto que vamos ficando escravizados dessa situação, imaginando, supondo, pelos aprendizados que fizemos das nossas religiões, ou pelas coisas que ouvimos falar aqui e ali, que os nossos mortos estão lá. Chegamos a ouvir as pessoas dizerem: Eu vou visitar a cova do meu pai. Eu vou visitar a sepultura de minha mãe.

Como se ali estivesse o seu pai, como se ali a sua mãe estivesse.

Lemos inscrições tumulares do tipo Aqui jaz Fulano de Tal, mas não é verdade. O Fulano de Tal que nós queremos homenagear não jaz ali na sepultura. Ali estão seus despojos, ali estão seus restos mortais.

É como se nós tirássemos uma roupa imprestável e atirássemos essa roupa na lixeira. Esquecemos dela, deixamos que o tempo cumpra o seu papel. Nenhum de nós teria a idéia, de todos os dias, ir lá visitar a roupa velha e imprestável, atirada no monturo.

Então, nada obstante esse respeito com que nós, cristãos, encaremos essa relação com os mortos, com o morrer, por mais que estejamos com esse intuito de homenagear aos nossos seres queridos, será muito importante criarmos o hábito de pensar neles vivos.

Ali na cova, na sepultura não jazem nossos entes queridos. Eles jazem, eles vivem, eles vibram, na nossa intimidade, nos nossos pensamentos. Eles se movem no Mundo dos Espíritos. (continua, Parte II)
Raul Teixeira

Texto transcrito referente ao Programa Vida e Valores, de número 98, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em agosto de 2007. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 18 de maio de 2008.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

sábado, 6 de outubro de 2012

A GRANDE CRISE

Mensagem psicofônica do Espírito Bezerra de Menezes, através do médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012

A mensagem foi revisada pelo autor espiritual

A GRANDE CRISE

...Jesus volta para convidar-nos à compaixão.

Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados.


A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova.


Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade diferente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros.


Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardes terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escrito no livro do reino dos céus e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial.


Filhos e filhas da alma!


Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência.


Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores.


O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje.


A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade


o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estóicos que


compreendem os mártires e os companheiros abnegados.


Não vos envergonheis de amar!


Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus.


Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra.


Ide, ide em paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude.


É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco nesse dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo


pelas suas ovelhas.


Muita paz, meus filhos!


Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre.


São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre,


Bezerra


(Mensagem psicofônica através do médium Divaldo Pereira Franco, ao encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012, em Santo André, (SP).

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A MÚSICA EM NOSSAS VIDAS

 Conta-se que, um dia, ao ouvir o silvo do vento passar pelo tronco oco de uma árvore, o homem o desejou imitar. E inventou a flauta.
Tudo na natureza tem musicalidade. O vento dedilha sons na vasta cabeleira das árvores e murmura melodias enquanto acarinha as pétalas das flores e os pequenos arbustos.
Quando se prepara a tempestade, ribombam os trovões, como o som dos tambores marcando o passo dos soldados, em batidas ritmadas e fortes.
Quando cai a chuva sobre a terra seca pela estiagem, ouve-se o burburinho de quem bebe com pressa.
Cantam os rios, as cachoeiras, ulula o mar bravio.
Tudo é som e harmonia na natureza. Mesmo quando os elementos parecem enlouquecidos, no prenúncio da tormenta.
E lembramos das poderosas harmonias do Universo, gigantesca harpa vibrando sob o pensamento de Deus, do canto dos mundos, do ritmo eterno que embala a gênese dos astros e das humanidades.
Em tudo há ritmo, harmonia, musicalidade.
Em nosso corpo, bate ritmado o coração, trabalham os pulmões em ritmo próprio, escorre o sangue pelas veias e artérias.
Tudo em tempo marcado. Harmonia.
Nosso passo, nosso falar é marcado pelo ritmo.
A música está na natureza e, por sermos parte integrante dela, temos música em nossa intimidade. Somos música.
Por isso é que o homem, desde o princípio, compôs melodias para deliciar as suas noites, amenizar a saudade, cantar amores, lamentar os mortos.
Também aprendeu que, através das notas musicais, podia erguer hinos de louvor ao Criador de todas as coisas.
E surgiu a música mística, a música sacra, o canto gregoriano.
Entre os celtas, era considerada bem inalienável a harpa, junto ao livro e à espada.
Eles viam na música o ensinamento estético por excelência, o meio mais seguro de elevar o pensamento às alturas sublimes.
Os cristãos primitivos, ao marcharem para o martírio, o faziam entre hinos ao Senhor. Verdadeiras preces que os conduziam ao êxtase e os fortaleciam para enfrentar o fogo, as feras, a morte, sem temor algum.
O rei de Israel, Saul, em suas crises nervosas e obsessivas, chamava o pastor Davi que, através dos sons de sua harpa, o acalmava.
A música é a mais sublime de todas as artes. Desperta na alma impressões de arte e de beleza. Melhor do que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida. Por isso ela é a própria voz do mundo superior.
A voz humana possui entonações de uma flexibilidade e de uma variedade que a tornam superior a todos os instrumentos.
Ela pode expressar os estados de espírito, todas as sensações de alegria e da dor, desde a invocação de amor até às entonações mais trágicas do desespero.
É por isso que a introdução dos coros na música orquestrada e na sinfonia enriqueceu a arte de um elemento de encanto e de beleza.
É por isso que a sabedoria popular adverte: Quem canta, seus males espanta!
Cantemos!
 Redação do Momento Espírita, com trechos do cap. VII do livroO espiritismo na arte, de Léon Denis, ed. Arte e cultura.
Em 19.07.2012.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

TRAILER OFICIAL - E A VIDA CONTINUA...

Boas Notícias!!
E a Vida Continua...
14 de setembro - nos cinemas.
Veja o trailer oficial do filme: 

Quando o carro da bela e jovem Evelina (Amanda Costa) quebra na estrada, ela não faz ideia de como seus caminhos serão profundamente alterados para sempre. Socorrida pelo gentil Ernesto (Luiz Baccelli), Evelina logo fica sabendo que tanto ele como ela estão indo exatamente para o mesmo hotel.
Coincidência? Talvez, mas Ernesto não acredita em coincidências.

Imediatamente eles desenvolvem uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes revelações?

O filme é baseado no best-seller espírita "E a Vida Continua", escrito em 1968 pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Trata-se do 13º e último livro da série "A Vida no Mundo Espiritual"

DIREÇÃO: Paulo Figueiredo / PRODUTOR: Oceano Vieira de Melo

O ELENCO:
AMANDA ACOSTA-Evelina Serpa / LUIZ BACCELLI-Ernesto Fantini / Participação Especial LIMA DUARTE como Instrutor Ribas / LUIZ CARLOS FÉLIX-Caio Serpa / RONALDO OLIVA-Túlio / ANA ROSA-Lucinda / SAMANTHA CARACANTE-Vera / ANA LÚCIA TORRE-Brígida / CÉZAR PEZZUOLI-Amâncio / ARLLETE MONTENEGRO-Sra. Tamburini / CLÁUDIA MELLO-Alzira / RUI REZENDE-Desidério / LUIZ CARLOS DE MORAES-Instrutor Cláudio / CARLA FIORONI-Isa / PEDRO COSTA-Lúcio / LAURA FELICIANO-Ana Flávia

Fonte: www.eavidacontinuaofilme.com.br

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mensagem de Eurípides Barsanulfo

Meus filhos, Que a Divina Misericórdia continue envolvendo a todos em muita serenidade e muita paz. 
Queridos irmãos, é uma tarefa hercúlea matar o homem velho para deixar nascer o homem novo, O homem da era nova prevista por Jesus. 
Entretanto, não é impossível, pois ...
Deus não coloca fardos mais pesados que o frágil ombro da nossa infância espiritual possa carregar. 
Voltem-se para dentro de vocês próprios, auscultem os sentimentos modificadores necessários para que surja o homem novo cuja luz deverá brilhar, conforme a promessa de Jesus. 
Este trabalho é a oficina onde todos deverão desenvolver o aprendizado.
Nós, fora da carne, e vocês, na carne, tomando contato com aqueles que se acham desvestidos da vestimenta física para o necessário intercâmbio de bênçãos. 
Portanto, meus irmãos, meus filhos, analisem-se, observem-se, mirem-se pela ética e pela ótica Cristã a fim de poderem observar melhor o parâmetro por onde devem direcionar A ação de cada um. 
Esta abençoada oficina, que nos foi dada como processo para o desenvolvimento evolutivo, precisa ser mais bem tratada, melhor trabalhada, melhor compreendida, para que os frutos sejam mais promissores, mais edificantes e mais generosos. 
Sabemos que, de acordo com o estágio evolutivo do planeta, as dificuldades da densidade atmosférica que cercam trabalhos como estes são muito intensas, muito difíceis, porém, há um condutor em nossas vidas. 
Se não bastasse o Criador e Jesus, ainda temos a presença de abnegados tarefeiros da Vida Mais Alta que, vez que outra, recebem autorizações para alertar os corações ingênuos que ainda se apresentam como todos nós. 
Por isso, meus filhos, não é o momento de apontar para dificuldades de ninguém, mas é o exato instante em que devemos voltar nossos apontamentos para as nossas fraquezas, nossas imperfeições, nossas dificuldades, e verificar o que é que podemos de iniciativa própria, com boa vontade e perseverança, alterar. 
Onde é que podemos fazer o investimento de energias numa tarefa espiritual que compense para cada um de nós, que seja altamente recompensador para os nossos esforços, que seja de certa forma benéfica para os nossos propósitos de melhoria interior? 
O Divino Amigo já nos alertou: 
“os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”. 
Queremos deixar estas perguntas para análise: 
Onde está o amor? Em que ação? Em que atitude? 
Em que conduta eu estou investindo amor? 
Onde o amor precisa ser mais trabalhado, para que a tarefa continue com o propósito de servir a Deus, servindo ao nosso semelhante? 
Sabemos que no caminho do Gólgota não havia pavimento, eram pedras, calhaus e obstáculos vários, mas todo aquele que pretende chegar perto do Cristo precisa saber que a cruz da jornada é dificultosa. 
É uma cruz que, às vezes, imaginamos pesada demais para os nossos ombros. 
Contudo, nada será tão pesado para a consciência do que quando estivermos diante da Consciência Divina e constatarmos que poderíamos ter feito mais e deixamos de fazer, deixamos de realizar. 
Como será que nos apresentaremos do outro lado? 
As nossas mãos estarão carregadas de ação ou estarão vazias, pois cruzamos os braços e deixamos que a inércia dominasse o sentimento, dominasse o coração, e não realizamos o que prometemos e, mais uma vez, estamos em defasagem com o compromisso maior?! 
Pensem nisso meus filhos, pensem nisso meus irmãos, porque o tempo passa para nós. 
Para Deus o que existe é a eternidade, somos nós que temos pressa. 
Deus aguarda o tempo que for necessário. 
Mas não alcançaremos o reino de Deus em nós, se não apressarmos o passo para sermos 
“o bom servidor” de todas as horas. 

Muita Paz. 
Eurípedes Barsanulfo 

Mensagem psicofônica – 07/11/09
Santuário do Amor, após os trabalhos deDr. Hans e equipe.
São Bernardo do Campo
Médium: José Maria de Medeiros Souza

domingo, 17 de junho de 2012

CAMPANHA FEB - 2012

Uma belíssima campanha da Federação Espírita Brasileira (FEB).

domingo, 27 de maio de 2012

CAMINHEIROS DO UNIVERSO

Música que integra o CD gravado em prol da nova sede do Lar Creche Wilson de Oliveira. Caminheiros do Universo é de autoria de Waldir Nirschl e Roberta A. Nirschl e fez parte do Festival de música regional em 1985 na cidade de Igarapava - SP.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

SEMANA SANTA - VISÃO ESPÍRITA

Todo ano, a cena se repete.
Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:

1. Como o Espiritismo encara a Páscoa;Sexta-feira Santa"?;

2. Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;

3. Como fica a questão do "Senhor Morto"?

Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas. Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito. É importante destacar isso: o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus. Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.

São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita. É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.

Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto". Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas. É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos. E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data... Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data. É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.

Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje. E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.

Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações. Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas. Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade. Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.

Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.

A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não. Ora, ou somos espíritas ou não somos! Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!... A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso. São práticas de outras religiões, que repetimos respeitamos muito, mas não adotamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.

Esta abordagem está direcionada aos espíritas. Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objetivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas. Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direcionamos nosso maior respeito e apreço.

Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais atividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.

O objetivo da abordagem é direcionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo. O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos. Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados. E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.

E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE): "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo; (...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem. Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".

Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não! Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objetivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.

Marco Aurélio Rocha
http://marcoaureliorocha5.blogspot.com.br/2011/03/semana-santa-visao-espirita.html

segunda-feira, 26 de março de 2012

A Família como Instrumento de Redenção Espiritual

... Reconcilia-te com o teu adversário – advertiu Cristo – enquanto estás a caminho com ele.

E não é precisamente no círculo aconchegante da família que estamos a caminho com aquele que a nossa insensatez converteu em adversário?

O espiritismo coloca, pois, sob perspectiva inteiramente renovada e até inesperada, além de criativa e realista, a difícil e até agora inexplicável problemática do inter-relacionamento familial. Se um membro de nossa família tem dificuldades em nos aceitar, em nos entender, em nos amar, podemos estar certos de que tais dificuldades foram criadas por nós mesmos num relacionamento anterior em que as nossas paixões ignoraram o bom senso.

- E a repulsão instintiva que se experimenta por algumas pessoas, donde se origina? Perguntou Kardec aos seus instrutores (LIVRO DOS ESPÍRITOS, Pergunta 389).

- São espíritos antipáticos que se adivinham e reconhecem, sem se falarem.

O ponto de encontro de muitas dessas antipatias, que necessitam do toque mágico do amor e do entendimento, é a família consanguínea, célula de um organismo mais amplo que é a família espiritual, que por sua vez, é a célula da instituição infinitamente mais vasta que são a família mundial e, finalmente, a universal.

A Doutrina considera a instituição do casamento como instrumento do “progresso na marcha da humanidade” e, reversamente, a abolição do casamento como “uma regressão à vida dos animais”. (Questões 695 e 696, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS). Como vimos há pouco, é também essa a opinião dos cientistas especializados responsáveis.

Ao comentar as questões indicadas, Kardec acrescentou que – “O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas”.

No que, mais uma vez, estão de acordo estudiosos do problema do ponto de vista científico e formuladores e divulgadores da Doutrina Espírita.

Isto nos leva à delicada questão do divórcio, reconhecido como uma das principais causas desagregadoras do casamento e, por extensão, da família.

O problema da indissolubilidade do casamento foi abordado pelos Espíritos, de maneira bastante sumária, na Questão nº. 697. Perguntados sobre se “Está na lei da Natureza, ou somente na lei humana a indissolubilidade absoluta do casamento”, responderam na seguinte forma:

- É uma lei muito contrária à da Natureza. Mas os homens podem modificar suas leis; só as da Natureza são imutáveis.

O que, exatamente, quer dizer isso?

Em primeiro lugar, convém chamar a atenção para o fato de que a resposta foi dada no contexto de uma pergunta específica sobre a indissolubilidade absoluta. Realmente, a lei natural ou divina não impõe inapelavelmente um tipo rígido de união, mesmo porque o livre arbítrio é princípio fundamental, direito inalienável do ser humano. “Sem o livre arbítrio – consta enfaticamente da Questão nº. 843 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS – o homem seria máquina”.

A lei natural, por conseguinte, não iria traçar limites arbitrários às opções humanas, encadeando homens e mulheres a um severo regime de escravidão, que poderá conduzir a situações calamitosas em termos evolutivos, resultando em agravamento dos conflitos, em lugar de os resolver, ou pelo menos atenuá-los.

Ademais, como vimos lembrando repetidamente, o Espiritismo não se propõe a ditar regras de procedimento específico para cada situação da vida. O que oferece são princípios gerais, é uma estrutura básica, montada sobre a permanência e estabilidade de verdades testadas e aprovadas pela experiência de muitos milênios. Que dentro desse espaço se movimente a criatura humana no exercício pleno de seu livre arbítrio e decida o que melhor lhe convém, ante o conjunto de circunstâncias em que se encontra.

O casamento é compromisso espiritual previamente negociado e acertado, ainda que nem sempre aceito de bom grado pelas partes envolvidas. São muitos, senão maioria, os que se unem na expectativa de muitos anos de turbulência e mal-entendidos porque estão em débito com o parceiro que acolhem, precisamente para que se conciliem se ajustem, se pacifiquem e se amem ou, pelo menos, se respeitem e estimem.

Mergulhados, porém, na carne, os bons propósitos do devedor, que programou para si mesmo um regime de tolerância e autocontrole, podem falhar. Como também pode exorbitar da sua desejável moderação o parceiro que vem para receber a reparação, e em lugar de recolher com serenidade o que lhe é devido (e outrora lhe foi negado) em atenção, apoio, segurança e afeto, assume a atitude do tirano arbitrário que, além de exigir com intransigência o devido, humilha, oprime e odeia o parceiro que, afinal de contas, está fazendo o possível, dentro das suas limitações, para cumprir seu compromisso. Nesses casos, o processo de ajuste – que será sempre algo difícil mas poderá desenrolar-se em clima de mútua compreensão – converte-se em vingança irracional.

Numa situação dessas, mais frequente do que poderíamos supor, a indissolubilidade absoluta a que se refere a Codificação seria, de fato, uma lei antinatural. Se um dos parceiros da união, programada com o objetivo de promover uma retificação de comportamento, utilizou-se insensatamente da sua faculdade de livre escolha, optando pelo ódio e a vingança, quando poderia simplesmente recolher o que lhe é devido por um devedor disposto a pagar, seria injusto que a lei recusasse a este o direito de recuar do compromisso assumido, modificar seus termos, ou adiar a execução, assumindo, é claro, toda as responsabilidades decorrentes de seus atos, como sempre, aliás.

A lei divina não coonesta a violência que um parceiro se disponha a praticar sobre o outro. Além do mais, a dívida não é tanto com o indivíduo prejudicado quanto com a própria lei divina desrespeitada. No momento em que arruinamos ou assassinamos alguém, cometemos, claro, um delito pessoal de maior gravidade. É preciso lembrar, contudo, que a vítima também se encontra envolvida com a lei, que, paradoxalmente, irá exibir a reparação da falta cometida, não para vingá-la, mas para desestimular o faltoso, mostrando-lhe que cada gesto negativo cria a sua matriz de reparação. O Cristo foi enfático e preciso ao ligar sempre o erro à dor do resgate. “Vai e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior”, disse ele.

Não há sofrimento inocente, nem cobrança injusta ou indevida. O que deve paga e o que está sendo cobrado é porque deve. Assim a própria vítima de um gesto criminoso é também um ser endividado perante a lei, por alguma razão concreta anterior, ainda que ignorada. Se, em lugar de reconciliar-se, ela se vingar, estará reabrindo sua conta como novo débito em vez de saldá-la.

A lei natural, portanto, não prescreve a indissolubilidade mandatária e absoluta do casamento, como a caracterizou Kardec na sua pergunta. Consequentemente, a lei humana não deve ser mais realista do que a outra que lhe é superior; deve ser flexível, abrindo espaço para as opções individuais do livre arbítrio.

Isso, contudo, está longe de significar uma atitude de complacência ou de estímulo à separação dos casais em dificuldades. O divórcio é admissível, em situações de grave conflito, nas quais a separação legal assume a condição de mal menor, em confronto com opções potencialmente mais graves que projetam ameaçadoras tragédias e aflições imprevisíveis: suicídios, assassinatos, e conflitos outros que destroem famílias e acarretam novos e pesados compromissos, em vez de resolver os que já vieram do passado por auto-herança.

Convém, portanto, atentar para todos os aspectos da questão e não ceder precipitadamente ao primeiro impulso passional ou solicitação do comodismo ou do egoísmo. Dificuldades de relacionamento são mesmo de esperar-se na grande maioria das uniões que se processam em nosso mundo ainda imperfeito. Não deve ser desprezado o importante aspecto de que o casamento foi combinado e aceito com a necessária antecipação, precisamente para neutralizar diferenças e dificuldades que persistem entre dois ou mais Espíritos.

O que a lei divina prescreve para o casamento é o amor, na sua mais ampla e abrangente conotação, no qual o sexo é apenas a expressão física de uma profunda e serena sintonia espiritual. Estas uniões, contudo, são ainda a exceção e não a norma. Ocorre entre aqueles que, na expressão de Jesus, Deus juntou, na imutável perfeição de suas leis. Que ninguém os separe, mesmo porque, atingida essa fase de sabedoria, entendimento e serenidade, os Espíritos pouco se importam de que os vínculos matrimoniais sejam indissolúveis ou não em termos humanos, dado que, para eles vige a lei divina que já os uniu pelo vínculo supremo do amor.

Em suma, recuar ante uma situação de desarmonia no casamento, de um cônjuge difícil ou de problemas aparentemente insolúveis é gesto e fraqueza e covardia de graves implicações. Somos colocados em situações dessas precisamente para resolver conflitos emocionais que nos barram os passos no caminho evolutivo. Estaremos recusando exatamente o remédio prescrito para curar mazelas persistente que se arrastam, às vezes, por séculos ou milênios aderidas à nossa estrutura espiritual.

A separação e o divórcio constituem, assim, atitudes que não devem ser assumidas antes de profunda análise e demorada meditação que nos levem à plena consciência das responsabilidades envolvidas.

Como escreveu Paulo com admirável lucidez e poder de síntese.

_ “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.

O Espiritismo não é doutrina do não e sim da responsabilidade, Viver é escolher, é optar, é decidir. E a escolha é sempre livre dentro de um leque relativamente amplo de alternativas. A semeadura, costumamos dizer, é voluntária; a colheita é que é sempre obrigatória.

É no contexto da família que vem desaguar um volume incalculável de consequências mais ou menos penosas resultantes de desacertos anteriores, de decisões tomadas ao arrepio das leis flexíveis e, ao mesmo tempo, severas, que regulam o universo ético em que nos movimentamos.

Para que um dia possamos desfrutar o privilégio de viver em comunidades felizes e harmoniosas, aqui ou no mundo póstumo, temos de aceitar, ainda que relutantemente, as regras do jogo da vida. O trabalho da reconciliação com espíritos que prejudicamos com o descontrole de nossas paixões, nunca é fácil e, por isso, o comodismo nos empurra para o adiantamento das lutas e renúncias por onde passa o caminho da vitória.

Como foro natural de complexos problemas humanos e núcleo inevitável das experiências retificadoras que nos incumbe levar a bom termo, a família é instrumento da redenção individual e, por extensão, do equilíbrio social.

Não precisaria de nenhuma outra razão para ser estudada com seriedade e preservada com firmeza nas suas estruturas e nos seus propósitos educativos.

Autor: Deolindo Amorim e Hermínio C. Miranda.

quarta-feira, 14 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A MISSÃO EDUCADORA DOS PAIS

Vivemos em um mundo de constantes mudanças e, sem dúvida, temos que nos adaptar a elas.

A mulher hoje tem amplo acesso ao mercado de trabalho e a figura de mãe presente ao lado de seus filhos, sempre que esses não estejam na escola, quase não existe mais.

O pai tornou-se mais participativo no cuidado das crianças, no entanto, ainda passa a maior parte de seu tempo dedicado ao trabalho, a fim de prover as necessidades materiais da família.

Consequentemente, as crianças e os jovens, habituados à televisão e ao computador, distanciam-se de seus pais e esses, atarefados, quase não se aproximam de seus filhos.

Encontramos até mesmo pais que dizem ser a escola o local de educação de seus filhos.

Em verdade a escola é local onde há transmissão de conhecimentos, bem como orientação sobre o comportamento das crianças, adolescentes e jovens. No entanto, ela jamais pode substituir a educação do lar.

Allan Kardec nos diz que o ensino é a transmissão de conhecimentos, de informações ou de esclarecimentos úteis ou indispensáveis à educação.

Desta frase podemos deduzir que a educação é muito mais ampla que o ensino formal, ao qual as escolas se dedicam.

Ainda, segundo Kardec, o educador real não é somente aquele que fala de uma tribuna como o professor.

Educador é qualquer pessoa que, pelo processo da explicação ou das experiências, procura passar ensinamentos úteis para outra pessoa.

Neste sentido estão incluídos os pais, os avós ou quem, com paciência e dedicação consiga, através do entendimento do educando, modificar a conduta deste.

Para educar de verdade não é necessária uma ocasião especial, pelo contrário, a qualquer momento, através da conversa e dos exemplos, a educação pode ser feita.

Aos casais não faltam orientações de livros, revistas e profissionais dispostos a ajudá-los na educação de seus filhos.

No entanto, vivemos hoje em uma sociedade com numerosos jovens que não se ajustam a regras ou leis, muitos deles delinquentes, e nos perguntamos o porquê.

Ao observarmos o crescente distanciamento que os múltiplos afazeres dos pais impõem, bem como o distanciamento que se impõe aos filhos ao dar a eles dias cheios de atividades, começamos a entender o que ocorre.

Sem dúvida o modelo de pai e mãe como profissionais é quase irreversível, pois é uma consequencia dos novos tempos.

Mas tal modelo não pode ser uma desculpa para nos esquecermos de uma das maiores responsabilidades que o Criador dá a quem se torne pai ou mãe: a educação.

Se o dia é cheio, que as noites sejam de aconchego. Ao invés de televisão, computador ou telefone, a refeição em família na qual se pode comentar o dia e se inteirar das atividades dos filhos demonstrando-lhes amor.

Mesmo cansados, pais que amam dedicam, diariamente, momentos para monitorar tarefas da escola de seus filhos. Em hora adequada, pais dedicados acompanham seus filhos em uma oração antes do merecido descanso.

Se a semana é de correria, que os fins de semana sejam de paz e harmonia entre a família, com atividades que permitam a convivência e o entendimento entre pais e filhos, a fim de adequadamente educá-los.

Que a tarefa sagrada da educação seja realizada amplamente para que, um dia, possamos responder com tranquilidade à pergunta: O que fizeste dos filhos que a ti foram confiados?

Redação do Momento Espírita com base no cap. III do livro A educação à luz do espiritismo, de Lydienio Barreto de Menezes, ed. Celd.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A EDUCAÇÃO COMEÇA NO VENTRE

A jovem, um tanto afoita, adentrou a sala da benevolente diretora, e com voz emocionada, suplicou:

- Meu filho já conta 1 ano, quando devo começar a educá-lo?

A educadora, com ternura no olhar e firmeza na voz, respondeu:

- Corra o mais depressa possível a educá-lo, porquanto você já perdeu 21 preciosos meses.

- Ora, como 21 meses? O garoto só conta 1 ano, ou seja 12 meses. Disse a jovem.

- Ah, minha filha, 12 meses mais os nove que ficou em seu ventre, a educação começa no ventre, acariciando-o e dizendo: “Eu te amo, você é um anjo para minha vida!”

A passagem em questão é atribuída à notável Maria Montessori (1870-1952), primeira mulher italiana a se tornar médica, e sem dúvida uma das maiores educadoras do século passado.

Montessori mostra que a vida não começa quando a criança sai do ventre da mãe. O Espiritismo completa a visão da educadora e ensina que aquele ser pequeno e por hora indefeso que habita o ventre materno, é um espírito em evolução, trazendo uma cultura milenar e uma ânsia por prosseguir em sua trajetória de aprendizado.

Quando a criatura é querida, desejada, esperada pelos pais, quando a mãe e os familiares acariciam o ventre em gesto de afeto, mostrando que aquele ser será bem vindo, estimulado e amado, a educação já começou a ser ministrada. Impossível educar sem amor, impossível transmitir valores sem as ferramentas do afeto!

Interessante ressaltar que Maria Montessori e Kardec – o codificador do Espiritismo - eram dois educadores, duas figuras sintonizadas com a importância da educação na construção de uma sociedade equilibrada. Ambos educavam com amor e por amor. Por isso salientavam a necessidade de uma educação com bases estreitas, iniciada em família, e, após, expandida à sociedade.

Outro ponto importante de Montessori e Kardec: Montessori dizia que é fundamental educar o recém nascido transmitindo-lhe hábitos saudáveis, ensinando a pequena criatura que há a hora de evacuar, dormir, se alimentar. Kardec ensinava que o verdadeiro espírita é aquele que procura coibir suas más inclinações, ou seja, o verdadeiro espírita é aquele que procura ter hábitos saudáveis.

Educação e amor são duas usinas de criação de hábitos saudáveis. E uma sociedade equilibrada, sem desníveis sociais, sem fome e violência, sem corrupção e desrespeito, é feita de cidadãos educados e com hábitos saudáveis.

Hoje em grande parte das famílias a situação se inverteu: pais desconectados com a importância da educação a transferiram para a escola, confundindo educação com informação. Crianças que crescem sem as bases amorosas da família, ou seja, sem hábitos saudáveis, têm mais facilidades de se complicar nas provações existenciais. Lembro de abastada família que relegou toda a educação de seus filhos à escola. A concepção dos pais girava em torno do restrito universo materialista a considerar: “Pago bem, meu filho deve ser bem educado!” Contudo, não obstante ao esforço e capacitação dos professores do renomado colégio, o filho cresceu sem as bases amorosas da família. O pai não lhe fazia um afago, porquanto sempre às voltas com negócios. A mãe também não tinha tempo para o filho, porquanto escrava era das reuniões sociais.

O resultado foi desastroso: um jovem carente que acabou suicidando-se aos 20 anos ao ver o término de seu primeiro namoro. Faltou a esse jovem referências familiares que o despertassem aos valores da espiritualidade. Dialogar com os filhos sobre a vida e morte, mostrar que estamos aqui apenas de passagem, ensinando a transitoriedade de nossa existência terrena, também faz parte da educação que deve ser ministrada às crianças. Conversar sobre essas questões, filosofar em torno dos objetivos da jornada terrena é uma das formas de criar hábitos saudáveis, contudo, como afirma Montessori: fundamental é amar; porquanto a educação que cria hábitos saudáveis e indivíduos melhores se faz com amor, muito amor, desde o ventre materno.
Wellington Balbo

sábado, 4 de fevereiro de 2012

JARDIM DE DEUS

Música espiritual de Elisabete Lacerda que nos mostra a importância de cuidarmos bem dos nossos pequeninos e oferecer a eles a Evangelização Espírita Infantil.
Procure uma Casa Espírita e leve seus filhos para as aulas de Evangelização Espírita Infantil.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

INSTRUÇÃO X EDUCAÇÃO

É preciso não confundir instrução com educação. A educação abrange a instrução, mas pode haver instrução desacompanhada de educação.

A instrução é mais especialmente a aprendizagem da ciência, a educação é a aprendizagem da vida; a instrução desenvolve o talento, a educação forma o caráter. A missão da educação é mais elevada, mais dificil a sua arte.


Instruir é ilustrar a mente com certa soma de conhecimentos sobre um ou vários ramos científicos. Educar é desenvolver os poderes do espírito, não só pela aquisição do saber, como especialmente na formação e consolidação do caráter.


O intelectualismo não supre o cultivo dos sentimentos. “Não basta ter coração, é preciso ter bom coração,” disse Hilário Ribeiro, educador emérito, nascido no Brasil no séc.XIX.


Todos os problemas do momento atual se resumem em uma questão de caráter: só pela educação podem ser solucionados.


Demasiada importância se liga às várias modalidades do saber, descurando-se o principal: a ciência do bem.


Os pais geralmente se preocupam com a carreira que os filhos deverão seguir, deixando-se impressionar pelo brilho e pelo resultado utilitário que de tais carreiras possam advir. No entanto, deixam de atentar para a questão fundamental da vida, que se resolve em criar e consolidar o caráter. Antes de tudo, e acima de tudo, os pais devem cuidar da educação moral dos filhos, delegando a cada um a escolha da profissão, como um dos componentes necessários à sua caminhada evolutiva.


A crise que assoberba o mundo é a crise do caráter, responsável por todas as outras.

O momento reclama a ação de homens éticos, honestos, escrupulosos, possuídos do espírito de justiça e compenetrados das suas responsabilidades.


Temos vivido sob o despotismo da inteligência. Cumpre sacudir-lhe o jugo fascinador, proclamando o reinado do caráter, o império da consciência, da moral e dos sentimentos.


“ É pela Educação, mais do que pela Instrução que se transformará a Humanidade.”

Allan Kardec


Fonte: Apostila Educação Espírita Infantojuvenil - Sua importância na formação da sociedade do terceiro milênio. (Cláudia Werdine)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

OS MELHORES LIVROS ESPÍRITAS DO SÉCULO

Apresentamos o resultado da pesquisa bibliográfica inédita, desenvolvida pelas Organizações Candeia sobre os melhores livros espíritas publicados no século XX.

Para a realização desta pesquisa, nosso Conselho Editorial convidou estudiosos do Espiritismo, dentre eles inúmeros escritores, alguns dirigentes e todos os presidentes das Federações e Órgãos Estaduais, que fazem parte do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira. A cada um deles foi solicitada uma lista com os dez melhores livros, seus autores e, se achassem necessário, comentários e impressões pessoais acerca das obras. A pesquisa se ateve às obras cuja primeira edição se deu neste século, no Brasil ou em outros países.

Zelando pela credibilidade que sempre norteou as tarefas das Organizações Candeia, foram encaminhadas cópias das participações de cada convidado à Federação Espírita Brasileira (FEB) e à Associação de Editoras, Distribuidoras e Divulgadores do Livro Espírita (ADELER), para que pudessem conhecer e acompanhar o resultado.

Qual o resultado? A obra suprema do Espiritismo produzida no século prestes a terminar é Nosso Lar. Esta obra, segundo o escritor Alysson Mascaro, tem o mérito de ter sido a primeira grande descrição do plano espiritual que influenciou, de maneira decisiva, os estudos e as pesquisas espíritas brasileiras e mundiais. O autor inconteste, com sete indicações, é Francisco Cândido Xavier, com mais de 400 livros psicografados que o colocaram na posição de o mais respeitado dos autores espíritas do século!

Os outros três colocados são O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, Memórias de um Suicida, de Yvonne A. Pereira e O Espírito e o Tempo, de J. Herculano Pires.

Outros autores consagrados também se destacaram na pesquisa com várias citações. É o caso de Arthur Conan Doyle, Carlos Imbassahy, Carlos Toledo Rizzini, César Lombroso, Deolindo Amorim, Divaldo P. Franco, Dora Incontri, Ernesto Bozzano, Francisco Thiesen, Gabriel Dellane, Dr. Jorge Andréa, Hermínio C. Miranda, Dr. Hernani G. Andrade, Ney Lobo, Pedro Granja e Waldo Vieira.

Ao entregar-nos a lista, satisfeitos com o trabalho realizado, os colaboradores foram unânimes em reafirmar o grau de dificuldade de compor lista exígua com apenas 10 títulos, já que eles como nós entendem que a biblioteca espírita de superior qualidade multiplica aquele número por dez ou cem!

Confira (no quadro abaixo) a colocação de cada obra. Sugerimos que esta lista seja divulgada em sua livraria, entre os trabalhadores de sua casa espírita ou amigos. Você já leu e estudou estes livros? Se já o fez, recomende-os. Caso ainda não tenha feito, tome-os emprestado na biblioteca da instituição mais perto de sua casa ou adquira-os. E boa leitura!

Os 10 melhores do século:

Nosso Lar – FEB – Francisco C.Xavier/André Luiz

Paulo e Estevão – FEB – F.C.Xavier/Emmanuel

Parnaso de Além-Túmulo – FEB – F.C.Xavier/Espíritos Diversos

O Problema do Ser, do Destino e da Dor – FEB – Leon Denis

Memórias de Um Suicida – FEB – Yvonne A Pereira/Camilo Castelo Branco

A Caminho da Luz – FEB – F.C.Xavier/Emmanuel

O Espírito e o Tempo – EDICEL – José Herculano Pires

Há 2000 Anos... – FEB – F.C.Xavier/Emmanuel

Evolução em Dois Mundos – FEB – F.C.Xavier/André Luiz

Missionários da Luz – FEB – F.C.Xavier/André Luiz


Fonte: Revista Candeia